Lição 3 - Epístolas aos Romanos - 08 NOV

Escrito em 21/10/2021
IB Monte da Fé


DATA: 07/11/2021
TEMA CENTRAL: ESTUDO SOBRE A EPÍSTOLA AOS ROMANOS
 
LIÇÃO 3 – A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ EM JESUS CRISTO
Verso chave:
"Pois, que diz a escritura? Creu Abraão em Deus, e isto lhe foi imputado como justiça.” (Rm 4.3)
Leitura bíblica em classe: Romanos 3.21-26
 
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a doutrina bíblica da justificação pela fé, conforme a carta de Paulo aos Romanos nos capítulos 3 e 4.
Nestes textos Paulo defende a justificação de todo homem através da fé em Cristo, independente das obras. A chamada de Abraão, o grande patriarca de Israel, será a base da argumentação de Paulo para provar esta doutrina. O argumento de Paulo é que todas as bênçãos de Deus e todas as suas promessas são frutos da sua graça para conosco.
 
I – A JUSTIFICAÇÃO MANIFESTADA
 
Um culpado que é inocentado (Rm 3.21-24)
 
Deus manifesta a sua justiça para todos os homens, tanto judeus como gentios, não pelo cumprimento da lei, mas pela fé em Cristo e gratuitamente. Os gentios estavam debaixo da ira de Deus por não conhecê-lo e os judeus estavam debaixo da mesma ira por não conseguirem guardar a palavra de Deus. Mas agora, todo o que crê em Jesus Cristo torna-se justo, não por merecimento próprio, mas porque Ele os justifica.
O termo justiça aqui é traduzido pela palavra grega dikaiosyne, muito comum no contexto de um tribunal. A imagem é de alguém que é inocentado por um juiz, mesmo sendo culpado. Concluímos então que, mesmo culpados, Deus nos quis justificar e perdoar.
 
Um inocente que é culpado (Rm 3.24-26)
 
No sistema levítico, quando alguém pecava, tornava-se culpado de algo e um animal inocente era sacrificado para que a culpa fosse expiada. A morte de Cristo removeu a ira de Deus contra o pecador arrependido. 
A integridade de Deus exigia que o pecado fosse castigado e que fosse feita propiciação junto a Ele, em nosso favor. Pela propiciação no sangue de Cristo, a santidade de Deus permaneceu imaculada e Ele pôde manifestar com toda justiça, a sua graça e amor na salvação.
 
II – A JUSTIFICAÇÃO CONTESTADA
Paulo não queria que seus ensinos fossem mal interpretados, então antecipou-se a responder algumas possíveis contestações que seus interlocutores poderiam fazer.
A justificação não depende das boas obras (Rm 3.27,28)
 
Para um judeu devoto, guardador da lei e praticante de boas obras, o ensino da justificação “pela fé somente” era bem difícil de digerir, mas a doutrina da justificação pela fé diz que não há mérito humano quando a graça de Deus se manifesta.
 
A justificação não é só para judeus (Rm 3.29,30)
 
Deus é o Deus de toda a Terra. Os judeus se achavam previlegiados por Deus os ter escolhido como seu povo, mas Deus não é nacionalista. Se o Deus de Israel é o único deus verdadeiro, então Ele também é Deus dos gentios.
 
A justificação não anula a Lei (Rm 3.31) 
 
Alguns judeus legalistas acusavam Paulo de ensinar que a lei não tinha mais serventia, e que a justificação apenas pela fé anulava a lei. Mas essa acusação não procedia, pois o problema não era com a lei, que servia de condutora a Cristo, mas os homens que eram incapazes de cumpri-la. Nem judeu, nem gentio algum foi capaz de cumprir a lei, apenas Cristo a cumpriu em nosso lugar.
 
III – A JUSTIFICAÇÃO EXEMPLIFICADA
 
Abraão, circuncisão e justificação (Rm 4.1-12)
 
Abraão não poderia ter sido aceito por Deus em virtude da circuncisão ou do cumprimento da lei, visto que, Deus ainda não havia dado a lei e sua circuncisão aconteceu 24 anos depois de sua chamada. O que justificou Abraão foi sua fé em Deus enquanto ainda estava na incircuncisão.
 
Abraão, promessa e justificação (Rm 4.13-17)
 
Para Paulo, se as bênçãos prometidas por Deus à Abraão dependessem da obediência do código mosaico, então as promessas de Deus teriam falhado, visto que ninguém foi capaz de cumprir ou guardar a lei.
 
Abraão, ressurreição e justificação (Rm 4.18-25)
 
Paulo faz um paralelismo entre a fé de Abraão e a fé do cristão – ambos creem que Deus torna possíveis as coisas impossíveis. Abraão não duvidou das promessas que Deus lhe fez, mas creu mesmo diante das circunstâncias contrárias, como seu corpo “amortecido” e também o de Sara pela idade avançada. Também o Cristão crê na morte e ressurreição de Cristo, nas promessas de Deus e dessa forma, Deus zela para que tudo o que Ele diz se cumpra, assim como aconteceu com Abraão.
 
CONCLUSÃO
Chegamos ao final de uma importante lição sobre a justificação pela fé. Com o exemplo do patriarca Abraão, aprendemos que ele não tinha mérito algum quando recebeu as promessas de Deus, a justificação e as bênçãos recebidas por ele, assim como as da nova aliança, decorrem exclusivamente da Graça de Deus em resposta à fé.