LIÇÃO 13 – O reflexo do governo milenar sobre a criação

Escrito em 16/06/2023
IB Monte da Fé


 

Texto áureo:
“O Senhor será rei de toda a terra. Naquele dia haverá um só Senhor e o seu nome será o único nome.” Zacarias 14.9-NVI
Leitura Bíblica: Ap 20:1-15 – destaque para os versos de 6-10.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Demonstrar a natureza e o propósito do reino milenar de Cristo no cenário do tempo do fim;
  • Ressaltar que o acesso aos benefícios universais do reino milenar – assim como em toda dispensação da Graça de Deus – não atesta à humanidade imediata submissão ao Rei, a qual requer conversão;
  • Refletir sobre a indissociável justiça de Deus – Em Seu caráter e Sua Obra – no trato com a humanidade.

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, consolidamos a esperança na literalidade do reino milenar de Cristo como diz as Escrituras em Isaías 35.3-10, Zacarias 14.9-11, Mateus 24.29-31, 1 Coríntios 15.24-28, e Apocalipse 20.4-6. Cremos literalmente no poder criacional da Palavra de Deus ( Jo 1.3; Hb 11.3), assim como cremos no milagre da encarnação do Verbo de Deus no Salvador (Lc 1.30-38).

Da mesma forma, assim também cremos que Cristo virá para reinar todas as nações da Terra e, assim, todo o olho o verá (At 1.6-7; Ap 1.7). Essa é a esperança dos santos e justos no Cordeiro de Deus, que perseveram nEle até o fim, Aleluia!

I– A RESTAURAÇÃO DE TODAS AS COISAS

1.1. Restauração da Natureza. Toda a degradação que se percebe até mesmo hoje na criação, que se multiplicará exponencialmente nos dias da Grande Tribulação e império do anticristo será restaurada pelo Rei dos reis, afetando até mesmo o equilíbrio dos instintos animais (Is 11.6-9); a superfície da Terra será transformada (Is 65.21-22);

1.2.      A ordem mundial e as relações sociais estabelecidas pelo Príncipe da Paz. No reino milenar de Cristo, as guerras serão abolidas (Is 2.4; Mq 4.3-4); as injustiças sociais serão erradicadas (Is 11.2; Zc

8.5);    esta   paz    abundante   não    decorrerá   da   supremacia   de   uma    nação   ou   de   um   sistema

sócio-político-econômico, mas sim porque Cristo reinará (Is 9.6; 54.13; Zc 14.9);

1.3. A oportunidade da humanidade em temer ao Senhor. O homem criado à imagem e semelhança do Criador terá a oportunidade de conhecer como Rei o Salvador outrora desprezado (Is 51.3-8; 65.1-5; Jo 1.11; 14.9-10). A adoração a Deus não será compulsória; o pecado terá sua afetação na natureza humana drasticamente inibida; as leis serão justas; tudo isso embasado pelo fato de que no reino milenar de Cristo a glória do Senhor encherá a terra como as águas cobrem o mar (Hc 2.14; Zc 14.16-18). O temor do Senhor será uma balança fiel para arbitrar objetivamente condutas e decisões humanas, em contraste com a radical e profanadora tirania do anticristo (Ap 13.16).

II– GOGUE E MAGOGUE - A ÚLTIMA REBELIÃO DE SATANÁS

2.1. Assim que Satanás for solto, uma grande rebelião mundial contra o governo de Cristo se iniciará, sinalizando o fim do reinado milenar. Alcançando grande parcela da humanidade com sua influência enganadora, esse momento escatológico vai atestar, assim como em toda a Escritura, que é impossível ao homem a auto salvação, sendo imperativo a este – como a qualquer humano em todos os tempos - a salvação pela fé em Cristo Jesus (Ef 2.5-10). Ao mesmo tempo, esta rebelião de Gogue e Magogue (Ez 38-39; Ap 20.8), enseja uma interferência histórica do Rei dos Reis que será demarcado no ensino escatológico como um momento definidor da eternidade para toda a criação – O Juízo Final.

III– O JUÍZO FINAL - O PAGAMENTO DOS MÉRITOS HUMANOS DIANTE DA JUSTIÇA DIVINA

3.1. Satanás – a serpente enganadora e insurgente contra Deus – já está condenado (Jo 16.11). Por fim, ele agora, juntamente com todos aqueles que representam todos os últimos inimigos de Deus –Gogue Magogue (Ap 20.8), serão devorados pelo fogo (Ap 20.9), numa representação do quanto o juízo divino é mérito eterno daqueles que se rebelam contra o propósito de Deus na História (Ap 20.10).

3.2. Para todo o sempre. O julgamento e condenação de Satanás e de seus seguidores (Ap 20.9-10), será sucedido pelo memorial do Tribunal do Trono Branco (Ap 20.11-15), dispensação última dos Desígnios de Deus, na qual serão manifestos as definições estabelecidas por Deus para a eternidade.

CONCLUSÃO

Há, ainda, muitas perguntas e questionamentos sobre estes momentos do tempo do fim.: Haverá evangelização no Milênio? Mas, afinal, porque Satanás será solto? Como pode a humanidade, depois de se beneficiar dum reino de mil anos de bênçãos restauradoras, ser influenciada pela antiga serpente e co-protagonizar (novamente!), com Satanás, o exercício do mal no mundo de Deus? O comentarista bíblico Ciro Zibordi, contudo, nos aconselha a lembrar de Rm 16.19-20: “sejam sábios em relação ao que é bom, e sem malícia em relação ao que é mau. Em breve o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês.” Estamos militando uma batalha (Ef 6.12), na qual o inimigo já está vencido e a Vitória de Cristo está garantida. Onde você se define dentro dos Desígnios eternos de Deus descortinados para nós? Deus te abençoe em Cristo Jesus.

BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Arqueológica – NVI; Ed. Vida

Biblia de Estudo de Genebra – Almeida Revista e Atualizada Ed. Cultura Cristã

Comentário Bíblico Mathew Henry – volume 6 – Novo testamento – Ed. CPAD

Livro Teologia Sistemática Pentecostal – Ed. CPAD