Sardes, A igreja que vive de aparências.
TEXTO ÁUREO
“Lembra-te, pois do que tens recebido e ouvido, e guarda-o e arrepende te. E se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei” Apocalipse 33.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
> Identificar os problemas pertinentes à igreja de Sardes.
> Compreender que não podemos viver de aparência.
> Reconhecer que somente o Espírito Santo pode vivificar uma igreja espiritualmente morta.
INTRODUÇÃO
Sardes chegou a ser uma cidade riquíssima no passado, era atraente por sua localização e sua produção de lã. Localizava-se no topo de um penhasco acima do vale.
Com isto, seus habitantes se sentiam confiantes e seguros dos ataques inimigos. A cidade murada e fortificada lhes transmitia proteção.
Em 560 a.C, sob o domínio de Creso, Sardes atingiu seu ápice de prosperidade, pois se encontrava na convergência de cinco estradas fundamentais.
Seus habitantes prestavam culto a deusa Artemis, cuja crença era que ressuscitara dos mortos. A base do culto dessa deusa era a reencarnação. Eles se destacavam pela luxúria, libertinagem e arrogância.
Toda essa "glória" desapareceu quando a cidade foi atingida por um terremoto no ano 17 d.C.
Quando João escreve a carta, a cidade tinha sido reconstruída e estava vivendo da sua fama passada.
É nesse contexto que vemos Jesus enviando essa carta à igreja de Sardes, na qual estudaremos hoje. Boa aula!
1- REPREENSÃO À IGREJA
1.1. A necessidade de uma vida de vigilância
A igreja é como a cidade. Anteriormente, Sardes foi conquistada duas vezes porque os guardas não estavam sobre os muros e os assaltantes escalaram o despenhadeiro para abrir os portões para os invasores.
A igreja está sendo repreendida pela mesma falta de vigilância. Em outras palavras, os cristãos de Sardes devem mudar seus caminhos e "provar" que estão vigilantes. Eles adormeceram espiritualmente e precisam "acordar".
1.2. A necessidade de se fortalecer.
A igreja como um todo estava "morta", (3.1.), mas ainda restavam alguns que "sobreviveram". A razão para a necessidade urgente de fortalecer a igreja se dava porque o pouco povo que ainda restava, estava para morrer. O problema é que suas obras (possivelmente as mesmas de 2.19, amor, fé, serviço, perseverança, mas, sem dúvida outras também) não eram "perfeitas diante de Deus".
Deus é o juiz assentado sobre o trono e encontrou as obras dos cristãos de Sardes "incompletas" não apenas em quantidade, mas ainda mais em qualidade.
A solução para a inadequação espiritual é lembrar-se (guardar) e arrepender-se.
O chamado urgente ao arrependimento está associado à probabilidade de um fim iminente. Se deixarem de ser vigilantes, o mesmo destino que sobreveio à Sardes nos ataques de Ciro e de Antioco lll também sobrevirá a igreja: Um ladrão virá e os destruirá.
2. Promessa de Cristo para os vencedores.
Antes de fazer sua promessa (3.5), Cristo traz uma palavra de encorajamento para o remanescente justo em Sardes (3.4).
Algumas pessoas em Sardes "não contaminaram suas vestes". A figura é elaborada a partir da principal fonte de riqueza de Sardes, sua indústria de lã. As pessoas que resistiram a essa tentação recebem a promessa de que "Andarão comigo, vestidas de branco". Dando continuidade à imagem da roupa como um símbolo para a vida espiritual, Cristo promete uma nova vida de pureza (branco).
Há vários possíveis antecedentes dessa metáfora e a que melhor se encaixa no contexto é do triunfo romano, quando os cidadãos vestiam togas brancas na celebração de vitórias militares.
Há três recompensas para os vitoriosos em Cristo.
A primeira, como conquistadores vitoriosos, eles participarão do cortejo triunfante de Cristo, vestidos de branco, conforme (3.4)
A segunda, como perdoados e guardados em segurança, a garantia com o respeito ao seu nome é "de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida".
O conceito de "livro da vida" é extraído dos mundos neo-testamentário e helênico. No mundo pagão, a mesma imagem se desenvolveu, começando com o registro dos cidadãos numa cidade-estado e num país, e movendo-se para os registros dos deuses.
Isso teria um significado especial para Sardes, pois, por um longo tempo foi a capital dos Impérios Persa e Selêucida, sendo, portanto, um depósito de tais registros.
Então, tanto no mundo judaico como no helênico, a remoção de um nome implicava exclusão do seio da nação ou da comunidade.
Em apocalipse, ter o "nome de Deus" (3.12; 14.1; 22.4) é ser identificado com ELE, e ter o "nome da besta" (13.17; 14.11) é pertencer a Satanás.
Aqui o "nome" está antes de tudo, escrito no livro da vida, e então, é confessado na derradeira corte divina.
Antes que permanecem fiéis a Cristo tem uma nova identidade, uma nova cidadania e um novo futuro:
A vida eterna no céu.
CONCLUSÃO
O chamado para dar ouvidos à mensagem do Espírito conclui a carta. Os que são guiados pelo Espírito, em Sardes e em todas as igrejas que leem essa carta, devem ouvir e obedecer as advertências, se quiserem receber as promessas.
A mensagem vem de Deus, não apenas de João, e nunca é demais insistir na importância de reagir a essas verdades.
Autoria:
Dc. Diego Neves
Revisão:
Pr. Nelson F. Braga
Pr. Carlos Jeferson
Ev. Gilmar Manzoni
Ev. Marcelo Beijer
Dc. Jacqueline Mello
Julyana Manzoni
Karen Beijer
Bibliografia:
Bíblia de Estudo de Genebra – ARA; Bíblia Sagrada - Nova Versão Internacional; Livro - Apocalipse: O Futuro Chegou - Hernandes Dias Lopes, ed. Hagnos; Livro - As Sete Igrejas do Apocalipse - Steven J. Lawson - ed. CPAD.